A Batalha de 2 Mães
A Mãe que sonhamos ser
é aquela que ensina os filhos sobre gentileza, sobre sonhar mas que se permite batalhar pelos seus sonhos. é aquela que fala sobre autocuidado e amor próprio com a criança e que é capaz de se autoelogiar e sentir-se orgulhosa em se cuidar. é aquela que fala para o filho que está tudo bem, que na próxima ele irá se sair melhor, e que não se martiriza por seus erros. é aquela que mantêm a rotina das crianças, se dedica no desenvolvimento físico e intelectual sem que isso custe a sua própria saúde. é aquela que fala para os filhos sobre perceber o que sente e escutar o próprio coração e que consegue se olhar no espelho e se reconhecer.
Essa mãe é a mãe dos sonhos, a mãe que gostaria de ser.
Essa mãe 100% do tempo realmente não existe.
O que existe é a mãe imperfeita, mas que busca ser melhor todos os dias.
A Mãe que conseguimos ser
Seu filho comete “um erro”, derruba alguma coisa, diz que não vai fazer algo que precisa ser feito, bate no irmão, responde gritando, se joga no chão, não cumpre o combinado. Ai você que esta aqui, estuda, lê vários perfis de parentalidade. Mas…
Aí você explode, grita, ameaça. Você estava se esforçando para falar com calma, mas aí você não aguenta mais. E você pensa, eu estou tentando falar com respeito, eu estou me esforçando… está vendo, isso não funciona pra mim. E aí você desiste e volta pra educação tradicional.
Volta para as ameaças, dá sermão, coloca de castigo. Ou você continua tentando falar com calma, mas seu rosto não condiz com as palavras, você fecha a boca e fala entre os dentes. E fala super agressiva, seu rosto, a comunicação esta toda agressiva.
Você respira e pensa: eu sei que eu preciso falar de forma respeitosa, eu preciso ter paciência.
Ai você com toda paciência do mundo começa a explicar pra criança o que ele precisa fazer, como consertar o erro. Essa é sua tentativa de ser mais paciente. Mas ai seu filho continua te desafiando, ele não para com a birra, continua gritando.
Quando a sua explosão acontece novamente, a criança perde a conexão com você e imediatamente ela sente: minha mãe não me entende, meu pai não tá vendo o que esta acontecendo, eu me sinto injustiçado. Eu não me sinto importante acolhido.
E eu quero te explicar porque esse seu ciclo de tentar ser calma e explodir só piora o comportamento da criança.
Quando você briga, você rompe a conexão com seu filho, sem conexão o seu filho se comporta mau. Porque o que impulsiona o comportamento negativo é a sensação da criança de que não é importante, de que não é aceita e de que não é útil.
E aí se sentindo desmotivada e desencorajada, a criança erra novamente. E mais uma vez você explode, pois usou toda a sua energia em vão. Esse ciclo fica sem fim, tentativa de falar com calma e briga. Dois extremos.
E sabe por que não funcionam suas tentativas? Você tem intenção, você ama seu filho, você estuda. Mas te faltam duas coisas (i) repertório sobre a criança, como saber lidar com os comportamentos dela e (ii) a falta de olhar para você, o seu auto conhecimento, se perceber.
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Publicado em Parentalidade
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