Criança marrenta, criança briguenta… existe?
E se,
ao invés de ter medo da criança ser gritona, ao invés de ter medo da criança se sujar tanto enquanto come, ao invés de ter medo que a criança se torne egoísta por não arrumar os brinquedos, ao invés de ter medo por ela não te obedecer na primeira ordem, ou sentir medo por ela ainda dormir no seu quarto,
E se
ao invés desses, tivéssemos medo de não construir relacionamentos saudáveis com nossos filhos?
Pense como você está investindo nesse tempo que passa tão rápido. E como passa… E quando fizer essa avaliação, tão pessoal, analise o que vale a pena insistir e o que vale desistir.
O foco deve ser na relação que vocês estão construindo e não no que a criança será no futuro.
A maneira como percebemos a infância nos ajuda a entender o conceito de respeito mútuo com mais clareza.
É muito difícil enxergar a criança como indivíduo.
É difícil admitir que a criança vai errar, vai vacilar, vai nos magoar, vai se magoar, vai sofrer.
A gente quer e acredita que se nos dedicarmos, se nos doarmos, se fizermos, se deixarmos de fazer por nós, se ficarmos em segundo plano e fizermos pela criança vai dar tudo certo.
Confundir respeito mútuo com não deixar a criança se aborrecer, não deixa-la se frustrar, faz com que a gente ande com uma venda sob nossos olhos que nos impede de ver o mundo ao nosso redor, olhando exclusivamente para os desejos da criança.
Troca-se liberdade de expressão infantil por falta de bordas e consequentemente, falta de respeito.
Enquanto a gente continuar pensando que sabemos perfeitamente o que é melhor para a criança nós não seremos capazes de nos comunicarmos com ela e a gente continuará falando somente com o nosso ego.
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