Interações, histórias e recomeços
Quem vive a vida acreditando que só quem tem auto estima não tem problemas está criando condições para não cuidar da estima por si própria.
Várias coisas que a gente pensa sobre nós não são aleatórias ou recentes, elas tem origem lá trás. Na maneira como nossos pais e cuidadores interagiam com a gente.
A infância é uma oportunidade de como as coisas irão reverberar na vida adulta, entre elas, como a criança se vê, como percebe o amor e também suas potencialidades.
O interessante é que essas relações do passado, mesmo que muito presentes até hoje, não são um destino cravado na pedra, isso é, não determinam de forma absoluta o que podemos fazer com as nossas vidas.
E isso acontece, porque temos livre arbítrio, podemos refazer caminhos e escolhas. Podemos escolher contar nossas histórias de novos jeitos e escrever futuros mais gentis e acolhedores.
Quando, nós adultos, observamos nossa auto estima, a gente consegue decifrar parte do que compõe a forma com que lidamos com nossas crianças e com a gente mesmo.
Ser agressivo, intolerante ao erro, amoroso, controlador, inseguro são algumas das questões que precisam ser vistas e percebidas. Quando olhamos e nos responsabilizamos para o que sentimos as relações começam a se transformar.
Quem vive a vida acreditando que só quem tem auto estima não tem problemas está criando condições para não cuidar da estima por si própria.
A auto estima é a atitude radical de reconhecer e acreditar na nossa capacidade mesmo com nossas imperfeições.
O que eu quero dizer é que mesmo que a gente erre, ainda assim o destino dos nossos filhos não estarão determinados, assim como, os nossos pensamentos e ações também não estão determinados pela nossa infância.
Todos, sem exceção, podem escolher percorrer um caminho diferente.
Publicado em Parentalidade
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