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Práticas para integrar a atenção plena na sua vida

Olhar para as nossas experiências com atenção como processos da vida é perceber que o sentir muda, transforma-se e passa

Publicado originalmente no UOL Papo de Mãe em 26.03.2022


Quando experimentamos emoções agradáveis nos apegamos a elas, e sentimos medo que elas acabem, ou sofremos quando elas terminam. Quando vivemos emoções desagradáveis, fazemos de tudo para mudar a nossa experiência como se fosse errado sentir o que estamos sentindo.


Combatemos o momento presente porque vivemos em conflito com o nosso sentir. Aprender a ficar onde estamos e a transformar o que nos incomoda, é aprender a acolher todas as emoções com abertura e legitimidade.


“Você é uma mãezona“


Dependendo de quem diz me causa sensações ruins. É como se fosse uma assombração da “boa mãe“.


Remete-me a um lugar de expectativas e cobranças que normalmente é pequeno demais para caber na complexidade de uma mulher e mais ainda de uma mãe.


Vejo mulheres se modelando como massinha para caberem em espaços rotulados com o tão esperado “boa mãe“, mulheres criticando outras mulheres, como se isso falasse de forma determinante sobre o seu valor humano. O valor da maternidade colocado no quanto essa mãe abdicou dela mesma. Quanto mais desconectada de si, maior pontuação no ranking das mães. “Essa sim é uma mãezona“.


Enquanto isso, homens tem o privilégio de dividir suas vidas em departamentos e pasme, um departamento não tem interferência alguma com os demais, família, profissão, relacionamentos, um não interfere no outro. O homem foi criado com o luxo de se permitir o ócio, de se permitir pensar isoladamente as coisas da vida. Em geral, as mulheres são criadas para serem capazes de absorver tudo ao mesmo tempo, difícil existir o ócio na vida da mulher.


A mulher não tem esse privilégio. Não ser uma “boa mãe“ pode nos colocar em um lugar de “má mãe“, daquela que não cuida, que negligência, que não se esforça, que trabalha demais.


Mães se desculpam por serem mulheres, mulheres se desculpam por serem mães, mulheres e mães se desculpam pelos seus corpos, seus cansaços, seus desejos. Se desculpam por não se encaixar, por não se reconhecerem.


“Boa mãe“ é uma imagem pronta, uma lista de regras feita para controlar a livre experiência do maternar, e também uma tentativa de controle dos resultados: se padronizamos comportamentos e valores maternos, padronizamos os filhos e as crianças com alguma margem de erro que vai ser tratada com violência e intolerância, até que se ajuste.

(...)


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